sexta-feira, 11 de junho de 2010

Conclusões

CONCLUSÕES
Segundo o livro Génesis, que compõe o Pentateuco do Antigo Testamento, Deus disse a Abraão para deixar Ur com a sua família em direcção à "terra que eu te indicar". Nesta terra, os seus descendentes formariam uma grande nação e herdariam uma terra "onde corre leite e mel". Sendo o povo escolhido de Deus, os hebreus conquistariam a terra prometida de Canaã, uma terra de fartura, em comparação com as que Abraão deixara para trás. Foi assim que Abraão deixou a sua vida sedentária para viajar para Canaã. Esta migração é de significado histórico comparável à epopéia de Moisés, mais tarde, trazendo os hebreus de regresso do Egipto, através do Mar Vermelho. Abraão era filho de Terah, 20 gerações depois de Adão e 10 depois de Noé. E, considerando que Noé ainda teria vivido 350 anos após o dilúvio, Abraão poderia ter conhecido o seu ancestral e também a Sem. A história de Abraão começa quando o patriarca deixa a terra de sua família na cidade de Ur dos Caldeus e segue em direção a Canaã. A partir daí, a Bíblia relata diversas aventuras mais ou menos desconexas envolvendo Abraão, sua esposa Sara, seu sobrinho Ló, sempre realçando a nobreza do personagem e a sua obediência a Deus. Os episódios mais emblemáticos da narrativa são aqueles que contam de como Abraão se sujeitou ao rei do Egipto, que tomou sua mulher como esposa, para salvá-la de qualquer punição. O segundo episódio marcante da vida de Abraão ocorreu em sua velhice. Sara, sua esposa, já idosa ainda não havia lhe dado um filho (seu primeiro filho Ismael, ou Ishmael, era filho de uma concubina - Agar), quando Deus teria lhe concedido esta graça, e assim nasceu Isaque, ou Isaac, a quem Abraão mais amou. Porém, quando Isaque era ainda criança, Deus chamou Abraão e pediu que ele trouxesse seu filho ao alto de um monte chamado de Moriá ou Moriah, informando a ele, no meio do caminho, que gostaria que o velho patriarca o sacrificasse, para mostrar seu amor por Ele. Mesmo sendo Isaque o filho amado que tanto desejara por toda a vida, Abraão não relutou em sacar uma adaga e posicioná-la sobre o pescoço de seu filho. Deus então mandou um anjo para segurar o punho de Abraão, dizendo estar satisfeito com a obediência de Abraão. Em recompensa, Deus poupou seu filho, e prometeu que sua linhagem produziria uma nação numerosa que governaria toda a terra por onde Abraão havia caminhado em vida (Canaã, propriamente dita).

Nascimento de Ismael

NASCIMENTO DE ISMAEL
Sendo Sara estéril e pretendendo dar um filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o primeiro filho a Abraão. Hagar então gerou a Ismael, considerado pelos muçulmanos como o ancestral dos povos árabes.
O texto bíblico informa que Abraão teria sido pai pela primeira vez aos oitenta e seis anos. E, antes mesmo do nascimento de Ismael, surgiram conflitos entre Hagar e Sara, culminando na sua fuga do acampamento de Abraão.
Tendo Hagar fugido da presença de Sara, o Anjo do Senhor apareceu-lhe quando se encontrava junto a uma fonte de água, convencendo-a a retornar, sujeitar-se à sua senhora e lhe prometendo um futuro grandioso para seu filho
Abraão foi circuncidado com noventa e nove anos após Deus ter anunciado que Sara daria à luz um filho - Isaque, que seria o herdeiro da promessa. Isaque nasceu no ano seguinte a esse anúncio.
O capítulo 18 de Gênesis diz que mais uma vez Deus apareceu a Abraão quando este se encontrava nos carvalhais de manre, à porta da tenda, e viu três varões celestiais (anjos). Estes confirmaram o nascimento de um filho a Sara e estavam se dirigindo para Sodoma a fim de cumprirem a ordem divina de destruição da cidade.
Temendo pela vida de seu sobrinho Lót e de sua família, Abraão intercede a Deus para que não destruisse Sodoma. Deus então promete que se achasse pelo menos dez justos ali, pouparia a cidade.Os anjos vão até Sodoma, entram na casa de Lót e o retiram da cidade junto com sua família antes que começasse a destruição do lugar, permitindo que o sobrinho de Abraão se refugiasse nas montanhas. (Gênesis 19).
Abraão parte de Hebrom para Gerar, que estaria situada entre Cades e Sur, região que corresponde á terra dos filisteus.Temendo a Abimeleque, rei de Gerar, Abraão novamente comete o mesmo erro praticado quando esteve no Egito e diz que Sara seria sua irmã. Abimeleque apaixona-se por Sara e a toma de Abraão.Deus então aparece em sonhos a Abimeleque e lhe adverte para que restituísse Sara a seu esposo.Obedecendo a Deus, Abimeleque trás Sara de volta a Abraão, entregando-lhe também bens e riquezas. Abraão então ora por Abimeleque que é perdoado. (Gênesis 20).
Abraão com a idade de cem anos quando tornou-se pai de Isaque. Mesmo com o nascimento de Isaque, os conflitos entre Hagar e Sara continuaram, ameaçando a paz de sua família. Abraão então resolve despedir sua serva junto com o seu filho Ismael. Deus amparou Hagar e seu filho durante peregrinação no deserto.
Deus falou com Abraão e lhe pediu uma verdadeira prova de fé, determinando que levasse o seu filho para oferecê-lo em holocausto no Monte Moriá que fica próximo a Salém.Após ter viajado por três dias a partir de Berseba, Abraão avistou o local e subiu ao monte apenas na companhia de Isaque. Porém, quando levantou a mão para sacrificar seu filho, foi impedido pelo Anjo do Senhor e encontrou no mato um carneiro para ser oferecido em lugar de seu filho.(Gênesis 22)
Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de Efrom a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca em canaã que sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o seu rebanho. A sepultura adquirida é posteriormente utilizada pelo patriarca e por seus descendentes. (Gênesis 23)
Abraão enviou o seu servo Eliezer para que fosse à Mesopotâmia e trouxesse uma esposa para seu filho Isaque entre os seus parentes. Ocorreu que Melca e Nacor tiveram oito filhos e netos. Eliezer então, ao chegar na cidade de Nacor, encontra a Rebeca, filha de Batuel e irmã de Labão. Rebeca consente em ir com Eliezer e este a leva para Isaque. (Gênesis 24).
Abraão após a morte de Sara. Com a união de Abraão e Cetura, foram gerados mais seis filhos, dando origem a outros povos, inclusive os midianitas. Abraão teria escolhido a Cetura entre os servos de sua casa porque Hagar falecera antes de Sara. A morte de Abraão é comentada no capítulo 25 de Gênesis, o qual teria vivido cento e setenta e cinco anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael. Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Hagar e de Cetura, todas as propriedades de Abraão foram para o seu filho Isaac, o filho de Sara que tinha o status de esposa. Agar não foi esposa de Abraão, mas sim uma concubina. Cetura foi esposa de Abraão após a morte de Sara. Considerando que Isaque tornou-se o pai de Jacó e de Esaú aos sessenta anos, Abraão deve ter convivido com os netos durante quinze anos, muito embora o livro de Gênesis não mencione sobre esses contatos. (Gênesis 25)

Código de Ur-Nammu

O Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgido na Suméria, descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia (onde fica o Iraque atualmente). Nesse Código elaborado no mais remoto dos tempos da civilização humana é possível identificar em seu conteúdo dispositivos diversos que adotavam o princípio da reparabilidade dos atualmente chamados danos morais". Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes. Contém 282 leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, família, adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são: Pena ou Lei de Talião, isto é, “olho por olho, dente por dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança. O Código de Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos.
RELIGIÃO
Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
O centro da civilização sumeriana era o templo, a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo desenvolvia-se a atividade comercial. O patesi representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.
Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Os sacerdotes do templo estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses animais, sementes, arados e arrendava os campos. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento. Com a necessidade de controlar os bens doados aos deuses e prestar contas da administração das riquezas do templo iniciou-se o sistema de contagem e a escrita cuneiforme. Como exemplo do poder dos deuses em Lagash, o campo era repartido nas posses de aproximadamente 20 divindades, uma destas, Baú, possui cerca de 3250 hectares, das quais três quartos atribuídos, um em lotes, as famílias singulares, um quarto cultivado por assalariados, por arrendatários (que pagam um sétimo ou um oitavo do produto) ou pelo trabalho gratuito dos outros camponeses. Em seu templo trabalham 21 padeiros auxiliados por 27 escravas, 25 cervejeiros com 6 escravos, 4 mulheres encarregadas do preparo da lã, fiandeiras, tecelãs, um ferreiro, alem dos funcionários, dos escribas e dos sacerdotes.
A concepção de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.
Ur foi uma cidade da Mesopotâmia localizada a cerca de 160 km da grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus e que, de acordo com o livro de Génesis, foi a terra natal do patriarca dos hebreus Abraão, considerada também a maior cidade de sua época.
O maior representante de lideranças em Ur tinha o nome de Ur-Nammu, que ficou conhecido por ter criado o primeiro código de leis de que se tem notícias; seu código vigorou por 300 anos. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumério.
Abraão nasceu na cidade de Ur, antiga Mesopotâmia, entre a Arábia e a Pérsia, aproximadamente 2.000 anos antes de Cristo. Foi o primeiro patriarca hebreu.
Abraão é citado no livro de Gênesis como a nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do patriarca Noé que tinha sobrevivido às águas dilúvio.
Abraão, já aos catorze anos de idade, quando ainda residia em Ur dos caldeus com sua família, teria começado a compreender que os homens da terra haviam se corrompido com a idolatria adorando as imagens de escultura. Então Abraão não aceitou mais adorar ídolos com o seu pai Tera e começou a orar a Deus, pedindo-lhe que conservasse a sua alma pura do erro dos filhos dos homens e também a de seus descendentes.
Viveu numa época, em que as pessoas eram selvagens e ignorantes. Seus contemporâneos adoravam muitos ídolos e acreditavam que estes faziam inclusive milagres. Sacrificavam pessoas aos ídolos, queimando-as vivas. Taré, pai de Abraão, foi um comerciante de ídolos e toda Sua família era idolatra (adorador de ídolos), considerando os ídolos como se fossem deuses. Abraão abertamente combateu e procurou destruir todos os ídolos que pôde: "Pôs-se em luta com Seu povo, com Sua tribo e até mesmo com Sua família", o que lhe atraiu a inimizade de todos. Furiosos contra Ele fizeram-lhe tremenda oposição, indignados que estavam contra os novos ensinamentos. Naquele tempo governava o rei Nimrod, que se opôs cruelmente a Abraão e decidiu destruir o novo movimento, ordenando que Abraão fosse queimado vivo. A missão de Abraão foi sumamente difícil, pois teve que convencer as pessoas mostrando a diferença entre o poder dos ídolos de barro e o poder do verdadeiro e único Deus.
Abraão casou-se com Sara, no ano 49 de sua vida. E, quando o patriarca estava com 60 anos, ocorreu a morte trágica de seu irmão Harã, o pai de Ló.
Terá, o pai de Abraão, após a morte de Harã, teria tomado sua família e organizado uma expedição para fixar-se em Canaã. Contudo, ao chegar numa localidade que veio a receber o mesmo nome do filho falecido, Terá permaneceu ali onde morreu com a idade de duzentos e cinco anos:(Gênesis 11:31-32).
Abrão recebeu uma promessa divina para deixar a sua terra e a de sua família. Tal chamado de Deus pode ter ocorrido quando Abraão já se encontrava com sua família em Harã.
No entanto, sabe-se que Harã, na Antigüidade, foi um importante ponto de passagem para as caravanas do Oriente Próximo. E talvez a prosperidade do local tenha motivado a fixação da família de Abrão neste local em que acredita-se que o clã deveria abastecer o povoado com seus rebanhos.
É provável que, em Harã, Abrão tenha recebido talvez um segundo chamado divino para deixar a terra de sua família e se estabelecer na terra que Deus lhe indicasse. Nesta passagem, logo no começo do capítulo 12 de Gênesis, Deus anuncia diretamente ao patriarca bíblico que ele se tornaria uma grande nação e não há nenhuma menção expressa de que a terra prometida seria Canaã, muito embora esta teria sido o destino que o seu pai teria buscado e veio a ser confirmado posteriormente.
Abrão, obedecendo as ordens de Deus, saiu com Ló de Harã, juntamente com sua esposa e seus bens, indo em direção a Canaã. O texto informa que Abrão já teria setenta e cinco anos de idade e dá a entender que já tivesse pessoas a seu serviço, embora nenhum filho.Depois dessa longa jornada de Harã até Canaã, o primeiro local onde Abraão esteve teria sido em Siquém, no carvalho de Moré, onde habitavam os cananeus. Ali Deus apareceu a Abraão e lhe confirmou a promessa de dar aquela terra à sua descendência.Tendo edificado um altar para Deus em Siquém, Abraão parte o Sul, fixando-se num lugar entre as cidades de Betel e Hai onde se estabelece com as suas tendas e constrói um novo altar.Depois, prossegue Abraão para o sul, não havendo informações na Bíblia onde seria esse terceiro local de sua passagem, mas apenas diz que havia fome naquela terra.(Gênesis 12, 4-10).
Houve fome na terra prometida que Abraão havia se estabelecido em Canaã e que, por causa disso, o patriarca e todo o seu acampamento retirou-se para o Egito. Ao chegar no país, Abraão temeu que viesse a ser morto por causa da beleza de sua mulher e por isso combinou com ela que dissesse aos egípcios que seria sua irmã, não esposa.Assim, o faraó veio a apaixonar-se por Sara e a levou para o seu palácio, passando a favorecer Abraão. Porém, Deus castigou o rei egípcio e este mandou chamar Abraão e lhe devolveu Sara, ordenando também que deixassem o país com os seus bens, algum tempo depois de Abrãao ter se estabelecido nas proximidades de Salém, houve uma seca nesta região, o que teria lhe obrigado, juntamente com o seu sobrinho, a caminharem pelo vale do Nilo, levantando novos acampamentos.Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho Lót, retornou do Egito para a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel. Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro. Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia feito para Deus e o invocou. Ali, no entanto, Abraão e Lót resolvem separar-se devido às contendas que havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam. (Gênesis 13, 1-4).
Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a opção de escolher planície que desejasse. Lót preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com o Jardim do Éden e com o Egito. Porém, Abraão preferiu permanecer em Canaã. Habitou Abraão na terra de Canaã, e Lót habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. (Gênesis 13, 5-12).
Lót tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Lót para a rica cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais. Após a separação de Lót, Deus apareceu novamente a Abraão confirmando dar aquela terra à sua descendência, ordenando-lhe que percorresse a região. Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom, onde edificou um novo altar a Deus. Houve uma guerra ocorrida envolvendo nove reinos. Os reinos de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Seboim e de Zoar pagaram tributos a Codorlaomor, rei do Elão, durante doze anos e haviam se rebelado. Assim, houve então uma guerra em que Codorlaomor e mais três reis aliados atacaram a Palestina, ferindo a vários povos e confrontando-se finalmente com os reis de Sodoma e Gomorra que foram vencidos numa batalha em Sidim. Com a derrota de Sodoma, Lót foi levado cativo com toda as suas riquezas. Sabendo disso, Abraão, com apenas trezentos e dezoito homens, lutou contra os inimigos e os perseguiu até as proximidades de Damasco, libertando Lót, sua família e o povo de Sodoma. Provavelmente os povos vizinhos de Salém reverenciavam e respeitavam o Rei sábio Melquisedeque, mas de certa forma temiam o grande líder militar Abraão. As suas batalhas e conquistas tornaram-se conhecidas em toda aquela região, fazendo de Abraão um líder muito respeitado.O rei de Sodoma, Bera, como recompensa pela libertação, chegou a oferecer os bens que foram saqueados por Codorlaomor, mas Abraão recusou-se.Melquisedeque partiu ao encontro de Abraão após a vitória em Sidim, já no seu triunfante regresso. A Bíblia diz que o rei de Salém trouxe pão e vinho para Abraão e lhe abençoou. Abraão, por sua vez lhe deu o dízimo de tudo que havia recobrado a Melquisedeque. (Gênesis 13; 14).
Após a batalha de Sidim, Abraão manteve-se fiel ao seu monarca e se tornou o dirigente militar de mais onze tribos vizinhas de onde todos pagavam tributos – o chamado dízimo. Abraão fracassou algumas tentativas de estabelecer alianças diplomáticas com o soberano de Sodoma. Porém, ao conseguir o resultado, houve uma aliança militar estratégica entre o Rei de Sodoma e outros povos de Hebrom. Abraão tinha mesmo intenção de formar um estado poderoso em toda a Canaã, o sábio rei de Salém convenceu Abraão a abandonar a sua tentativa de formar um reino material e se tornar aquilo que hoje o seu nome é significado – o Pai da Fé. Para persuadi-lo, utilizou a sua aliança, a promessa do seu reino, e tornou-o como sua própria descendência.
Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que depois retornaria para a terra prometida.(Gênesis 15).
Informações não bíblicas falam de uma aliança entre Melquisedeque e Abraão. Tal aliança seria um reconhecimento de Melquisedeque da soberania de Abraão e a cedência do seu trono a este líder e à sua descendência, uma vez que este rei não tinha descendentes para o substituir. Esta referência também é mencionada na Bíblia no capítulo 7 da epístola aos Hebreus, onde se refere à falta de descendência deste personagem sábio de Salém.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A Bíblia

A Bíblia é a coleção de Livros escritos sob a inspiração do Espírito Santo que contém a Palavra de Deus. A Bíblia completa contém 73 escritos, ou seja 43 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Uma obra de vários autores, gente do povo, tendo cada um deles características próprias. É desconhecido o nome de muitos desses autores. Esses autores viveram em lugares e ambientes muito diversos, cada um deles deixou na sua obra um traço de sua personalidade. A Bíblia se divide em duas grandes partes: ANTIGO TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO. Toda a Bíblia trata-se da aliança feita por Deus com os homens. Primeiro por intermédio de MOISÉS no Antigo Testamento; e em seguida o ministério de Jesus no Novo Testamento. A coleção dos livros do AT originou-se no seio da comunidade judaica que a foram ajuntando no decorrer de sua história e se divide em TRÊS PARTES: A Lei, os Profetas e os Escritos. Essa coleção já estava terminada no ano de 200 a.C. e nessa mesma época os judeus já se dispersavam pelo mundo. Uma grande parte vivia no Egito, em Alexandria, onde a Bíblia foi traduzida para o grego e acrescentado alguns escritos não reconhecidos pelos judeus de Jerusalém como inspirados. São estes: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, Sabedoria e Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias que se lê no último capítulo de Baruc. A Igreja Cristã os admitiu como inspirados da mesma forma que os outros livros. E no tempo da Reforma os protestantes não os admitiram nas suas Bíblias pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. Por isso há diferença entre as edições protestantes e as católicas. No NT não há diferença alguma. A Bíblia católica divide os 46 livros do AT do seguinte modo:O Pentateuco ou de Leis (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio); Os Históricos (Josué, Juízes, Rute, Samuel I e II, Reis I e II, Crônicas I e II ou Paralipômenos, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Macabeus I e II); Os Sapienciais (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico); Os Proféticos (Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habaruc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias). Os 27 do NT ficam assim: Históricos (Evangelhos segundo S.Mateus, S.Marcos, S.Lucas, S.João, Atos dos Apóstolos); Cartas dos Apóstolos (Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossences, Tessalonicenses I e II, Tmóteo I e II, Tito, Filêmon, Hebreus, S.Tiago, S.Pedro I e II, S.João I, II e III, S.Judas); Profético (Apocalipse). As duas coleções que formam a Bíblia foram traduzidas do grego para o latim +- 200 d.C., mas a tradução latina mais divulgada é a que fez S.Jerônimo (VULGATA) baseada nos textos originais hebraico e grego +- 400 d.C.

sábado, 27 de março de 2010

História dos Hebreus

"Há pouco menos de quatro mil anos, vários povos viviam às margens do Mediterrâneo, na Ásia e na África. Havia duas grandes potências: Caudéia e Egito. Entre estes dois vastos reinos achavam-se pequenos países, como a Síria e Canaã (esta também chamada Palestina). Diversas tribos viviam aí da cultura agrícola e de produtos de seus rebanhos, entre as quais se achava a dos hebreus, que provinham do patriarca Abraão. Este homem e sua família eram oriundos de Ur, da Caudéia, de onde tinham emigrado para a Palestina no décimo nono século antes de nossa era."
Com a vinda de ABRAÃO e seus descendentes, começa a História Santa que a Bíblia nos conservou. Abraão emigrou para a Palestina na época em que reinava na Caudéia o grande rei Hamurábi. A vida nômade e agrícola das tribos provenientes dessa emigração durou cerca de quatrocentos anos. Em seguida, os HEBREUS, chamados o Povo de Israel, de acordo com o sobrenome dado por Deus ao patriarca JACÓ, retiraram-se para o EGITO ocupando sem dúvida a região do delta do Nilo, que era a mais rica e produtiva de todo aquele país. Tornaram-se então objeto de exploração por parte dos egípcios que deles se assenhorearam. Pelo ano de 1250 a.C., Deus suscitou-lhes um libertador na pessoa de MOISÉS. Sob sua guia, os hebreus atravessaram o Mar Vermelho para se dirigirem à terra de Canaã. Depois de se deterem por quarenta anos no deserto, os israelitas empreenderam a conquista da PALESTINA pela tomada de Jericó (pelo ano de 1200 a.C.). A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos, as quais progressivamente se foram estabelecendo nas montanhas e nos vales de Canaã. Os israelitas viviam em lutas contínuas com os antigos moradores dessas regiões. Esse período chamado de JUÍZES, durou cerca de 200 anos.
O pequeno povo dos hebreus foi se desenvolvendo aos poucos, até que conseguiu organizar-se como um reino no meio de seus vizinhos. O ultimo Juiz, Samuel, que era também um profeta, terminou, depois de não pequena hesitação, por conceder ao povo a constituição de um REINO. Saul foi sagrado rei pelo ano 1000 a.C. Saul nunca passou de um pequeno rei local, sendo seu reino apenas um prelúdio. Estava reservado a Davi, seu sucessor, firmar o poder real, primeiro sobre a tribo de JUDÁ, e em seguida sobre o conjunto de todas as tribos israelitas. A Davi, sucede, em 970 a.C. Salomão, que organiza o reino de israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói o TEMPLO DE JERUSALÉM. Pouco depois de sua morte, sob o reinado de ROBOÃO, em 930 a.C. há entre as tribos uma dissensão que termina com o CISMA: as dez tribos do norte separam-se das de Judá e de Benjamim para construir um reino independente. Esse reino do norte durará cerca de dois séculos, tendo por capital a cidade de Samaria, conquistada em 722 a.C. por Sargon II, rei da Assíria.
O reino de Judá escapou a essa catástrofe e continuou a existir sob a forma de um estado-tampão entre as duas potências rivais: o Egito e a Assíria. O rei JOSIAS, em 622 a.C., empreende uma vasta reforma religiosa e social, cujos efeitos foram de breve duração. O reino de Judá foi declinado aos poucos até a expedição de NABUCODONOSOR, que em 598 a.C. se apodera de Jerusalém. O conquistador transforma a Judéia em estado vassalo, deporta para a Babilônia uma parte da população e estabelece um vice-rei: SEDECIAS. Mas como este se revolta, Nabucodonosor toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém e a incendeia em 589 a.C. A quase a totalidade da população é então deportada para a Mesopotâmia, ficando o país conquistado sob a administração de um governo caudaico. O exílio dos israelitas durou até que CIRO, rei da Média, autoria a VOLTA DOS DEPORTADOS sob a direção de ZOROBABEL em 538 a.C. Os israelitas, privados de seu reis, procuram organizar-se em uma comunidade religiosa. Em 331 a.C. a Palestina inteira é conquistada por ALEXANDRE MAGNO. A partir de 323 a.C., a Judéia passa sucessivamente ao domínio da dinastia dos generais de Alexandre que dividem entre si o grande império grego. Pouco depois, entre 171 e 163 a.C. os judeus atravessam um período de grandes tribulações e perseguições por parte do rei da Síria, ANTÍOCO EPÍFANES. É a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por JUDAS MACABEU. A Judéia conheceentão uma independência que se estende por cerca de um século, sua administração estava nas mãos de um príncipe da família dos ASMONEUS, descendentes dos Macabeus.
No ano 63 a.C. POMPEU, o Grande, à frente do exército romano, invade a Palestina, reduzindo-a a uma PROVÍNCIA ROMANA. Pouco depois, CÉSAR, entrega o governo da Palestina a HERODES MAGNO, um príncipe idumeu. Após a morte deste, o imperador romano divide a Judéia em quatro partes (tetrarquia). O governo da GALILÉIA, cabe a HERODES ANTIPAS, filho de Herodes Magno. No ano 7 d.C., o governo da Judéia é confiado a um procurador romano. Mas foi-se delineando um novo movimento de independência que provocou afinal a represália romana, uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém, onde o imperador romano Tiro entrou, no ano 70 d.C. Com a destruição da CIDADE SANTA termina a história dos antigos israelitas. Foi sem dúvida no ano 5 antes de nossa era que JESUS nasceu em Belém, sendo CÉSAR AUGUSTO imperador romano. Jesus morreu na cruz, provavelmente no ano 30 sob Tibério. O Apóstolo São Paulo converteu-se aproximadamente em 36. São Pedro sofreu o martírio em ROMA conjuntamente com São Paulo entre 60 e 70 d.C. São João, o apóstolo, morreu na Ásia pelo ano 100 d.C.