segunda-feira, 29 de março de 2010

A Bíblia

A Bíblia é a coleção de Livros escritos sob a inspiração do Espírito Santo que contém a Palavra de Deus. A Bíblia completa contém 73 escritos, ou seja 43 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Uma obra de vários autores, gente do povo, tendo cada um deles características próprias. É desconhecido o nome de muitos desses autores. Esses autores viveram em lugares e ambientes muito diversos, cada um deles deixou na sua obra um traço de sua personalidade. A Bíblia se divide em duas grandes partes: ANTIGO TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO. Toda a Bíblia trata-se da aliança feita por Deus com os homens. Primeiro por intermédio de MOISÉS no Antigo Testamento; e em seguida o ministério de Jesus no Novo Testamento. A coleção dos livros do AT originou-se no seio da comunidade judaica que a foram ajuntando no decorrer de sua história e se divide em TRÊS PARTES: A Lei, os Profetas e os Escritos. Essa coleção já estava terminada no ano de 200 a.C. e nessa mesma época os judeus já se dispersavam pelo mundo. Uma grande parte vivia no Egito, em Alexandria, onde a Bíblia foi traduzida para o grego e acrescentado alguns escritos não reconhecidos pelos judeus de Jerusalém como inspirados. São estes: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e de Ester, Sabedoria e Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias que se lê no último capítulo de Baruc. A Igreja Cristã os admitiu como inspirados da mesma forma que os outros livros. E no tempo da Reforma os protestantes não os admitiram nas suas Bíblias pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. Por isso há diferença entre as edições protestantes e as católicas. No NT não há diferença alguma. A Bíblia católica divide os 46 livros do AT do seguinte modo:O Pentateuco ou de Leis (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio); Os Históricos (Josué, Juízes, Rute, Samuel I e II, Reis I e II, Crônicas I e II ou Paralipômenos, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Macabeus I e II); Os Sapienciais (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico); Os Proféticos (Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habaruc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias). Os 27 do NT ficam assim: Históricos (Evangelhos segundo S.Mateus, S.Marcos, S.Lucas, S.João, Atos dos Apóstolos); Cartas dos Apóstolos (Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossences, Tessalonicenses I e II, Tmóteo I e II, Tito, Filêmon, Hebreus, S.Tiago, S.Pedro I e II, S.João I, II e III, S.Judas); Profético (Apocalipse). As duas coleções que formam a Bíblia foram traduzidas do grego para o latim +- 200 d.C., mas a tradução latina mais divulgada é a que fez S.Jerônimo (VULGATA) baseada nos textos originais hebraico e grego +- 400 d.C.

sábado, 27 de março de 2010

História dos Hebreus

"Há pouco menos de quatro mil anos, vários povos viviam às margens do Mediterrâneo, na Ásia e na África. Havia duas grandes potências: Caudéia e Egito. Entre estes dois vastos reinos achavam-se pequenos países, como a Síria e Canaã (esta também chamada Palestina). Diversas tribos viviam aí da cultura agrícola e de produtos de seus rebanhos, entre as quais se achava a dos hebreus, que provinham do patriarca Abraão. Este homem e sua família eram oriundos de Ur, da Caudéia, de onde tinham emigrado para a Palestina no décimo nono século antes de nossa era."
Com a vinda de ABRAÃO e seus descendentes, começa a História Santa que a Bíblia nos conservou. Abraão emigrou para a Palestina na época em que reinava na Caudéia o grande rei Hamurábi. A vida nômade e agrícola das tribos provenientes dessa emigração durou cerca de quatrocentos anos. Em seguida, os HEBREUS, chamados o Povo de Israel, de acordo com o sobrenome dado por Deus ao patriarca JACÓ, retiraram-se para o EGITO ocupando sem dúvida a região do delta do Nilo, que era a mais rica e produtiva de todo aquele país. Tornaram-se então objeto de exploração por parte dos egípcios que deles se assenhorearam. Pelo ano de 1250 a.C., Deus suscitou-lhes um libertador na pessoa de MOISÉS. Sob sua guia, os hebreus atravessaram o Mar Vermelho para se dirigirem à terra de Canaã. Depois de se deterem por quarenta anos no deserto, os israelitas empreenderam a conquista da PALESTINA pela tomada de Jericó (pelo ano de 1200 a.C.). A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos, as quais progressivamente se foram estabelecendo nas montanhas e nos vales de Canaã. Os israelitas viviam em lutas contínuas com os antigos moradores dessas regiões. Esse período chamado de JUÍZES, durou cerca de 200 anos.
O pequeno povo dos hebreus foi se desenvolvendo aos poucos, até que conseguiu organizar-se como um reino no meio de seus vizinhos. O ultimo Juiz, Samuel, que era também um profeta, terminou, depois de não pequena hesitação, por conceder ao povo a constituição de um REINO. Saul foi sagrado rei pelo ano 1000 a.C. Saul nunca passou de um pequeno rei local, sendo seu reino apenas um prelúdio. Estava reservado a Davi, seu sucessor, firmar o poder real, primeiro sobre a tribo de JUDÁ, e em seguida sobre o conjunto de todas as tribos israelitas. A Davi, sucede, em 970 a.C. Salomão, que organiza o reino de israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói o TEMPLO DE JERUSALÉM. Pouco depois de sua morte, sob o reinado de ROBOÃO, em 930 a.C. há entre as tribos uma dissensão que termina com o CISMA: as dez tribos do norte separam-se das de Judá e de Benjamim para construir um reino independente. Esse reino do norte durará cerca de dois séculos, tendo por capital a cidade de Samaria, conquistada em 722 a.C. por Sargon II, rei da Assíria.
O reino de Judá escapou a essa catástrofe e continuou a existir sob a forma de um estado-tampão entre as duas potências rivais: o Egito e a Assíria. O rei JOSIAS, em 622 a.C., empreende uma vasta reforma religiosa e social, cujos efeitos foram de breve duração. O reino de Judá foi declinado aos poucos até a expedição de NABUCODONOSOR, que em 598 a.C. se apodera de Jerusalém. O conquistador transforma a Judéia em estado vassalo, deporta para a Babilônia uma parte da população e estabelece um vice-rei: SEDECIAS. Mas como este se revolta, Nabucodonosor toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém e a incendeia em 589 a.C. A quase a totalidade da população é então deportada para a Mesopotâmia, ficando o país conquistado sob a administração de um governo caudaico. O exílio dos israelitas durou até que CIRO, rei da Média, autoria a VOLTA DOS DEPORTADOS sob a direção de ZOROBABEL em 538 a.C. Os israelitas, privados de seu reis, procuram organizar-se em uma comunidade religiosa. Em 331 a.C. a Palestina inteira é conquistada por ALEXANDRE MAGNO. A partir de 323 a.C., a Judéia passa sucessivamente ao domínio da dinastia dos generais de Alexandre que dividem entre si o grande império grego. Pouco depois, entre 171 e 163 a.C. os judeus atravessam um período de grandes tribulações e perseguições por parte do rei da Síria, ANTÍOCO EPÍFANES. É a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por JUDAS MACABEU. A Judéia conheceentão uma independência que se estende por cerca de um século, sua administração estava nas mãos de um príncipe da família dos ASMONEUS, descendentes dos Macabeus.
No ano 63 a.C. POMPEU, o Grande, à frente do exército romano, invade a Palestina, reduzindo-a a uma PROVÍNCIA ROMANA. Pouco depois, CÉSAR, entrega o governo da Palestina a HERODES MAGNO, um príncipe idumeu. Após a morte deste, o imperador romano divide a Judéia em quatro partes (tetrarquia). O governo da GALILÉIA, cabe a HERODES ANTIPAS, filho de Herodes Magno. No ano 7 d.C., o governo da Judéia é confiado a um procurador romano. Mas foi-se delineando um novo movimento de independência que provocou afinal a represália romana, uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém, onde o imperador romano Tiro entrou, no ano 70 d.C. Com a destruição da CIDADE SANTA termina a história dos antigos israelitas. Foi sem dúvida no ano 5 antes de nossa era que JESUS nasceu em Belém, sendo CÉSAR AUGUSTO imperador romano. Jesus morreu na cruz, provavelmente no ano 30 sob Tibério. O Apóstolo São Paulo converteu-se aproximadamente em 36. São Pedro sofreu o martírio em ROMA conjuntamente com São Paulo entre 60 e 70 d.C. São João, o apóstolo, morreu na Ásia pelo ano 100 d.C.