sexta-feira, 11 de junho de 2010

Código de Ur-Nammu

O Código de Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.), surgido na Suméria, descreve costumes antigos transformados em leis e a enfatização de penas pecuniárias para delitos diversos ao invés de penas talianas. Considerado um dos mais antigos de que se tem notícias, no que diz respeito a lei, foi encontrado nas ruinas de templos da época do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia (onde fica o Iraque atualmente). Nesse Código elaborado no mais remoto dos tempos da civilização humana é possível identificar em seu conteúdo dispositivos diversos que adotavam o princípio da reparabilidade dos atualmente chamados danos morais". Ele apresenta uma diversidade de procedimentos jurídicos e determinação de penas para uma vasta gama de crimes. Contém 282 leis, abrangendo praticamente todos os aspectos da vida babilônica, passando pelo comércio, propriedade, herança, direitos da mulher, família, adultério, falsas acusações e escravidão. Suas principais características são: Pena ou Lei de Talião, isto é, “olho por olho, dente por dente” (o castigo do criminoso deveria ser exatamente proporcional ao crime por ele cometido), desigualdade perante a lei (as punições variavam de acordo com a posição social da vitima e do infrator), divisão da sociedade em classes (os homens livres, os escravos e um grupo intermediário pouco conhecido – os mushkhinum) e igualdade de filiação na distribuição da herança. O Código de Hamurábi reflete a preocupação em disciplinar a vida econômica (controle dos preços, organização dos artesãos, etc.) e garantir o regime de propriedade privada da terra. Os textos jurídicos mesopotâmicos invocavam os deuses da justiça, os mesmos da adivinhação, que decretavam as leis e presidiam os julgamentos.
RELIGIÃO
Os deuses, extremamente numerosos, eram representados à imagem e semelhança dos seres humanos. O sol, a lua, os rios, outros elementos da natureza e entidades sobrenaturais, também eram cultuados. Embora cada cidade possuísse seu próprio deus, havia entre os sumérios algumas divindades aceitas por todos. Na Mesopotâmia, os deuses representavam o bem e o mal, tanto que adotavam castigos contra quem não cumpria com as obrigações.
O centro da civilização sumeriana era o templo, a casa dos deuses que governava a cidade, além de centro da acumulação de riqueza. Ao redor do templo desenvolvia-se a atividade comercial. O patesi representava o deus e combinava poderes políticos e religiosos.
Apenas ao sacerdote era permitida a entrada no templo e dele era a total responsabilidade de cuidar da adoração aos deuses e fazer com que atendessem as necessidades da comunidade. Os sacerdotes do templo estavam livres dos trabalhos nos campos, dirigiriam os trabalhos de construção de canais de irrigação, reservatórios e diques. O deus através dos sacerdotes emprestava aos camponeses animais, sementes, arados e arrendava os campos. Ao pagar o “empréstimo”, o devedor acrescentava a ele uma “oferenda” de agradecimento. Com a necessidade de controlar os bens doados aos deuses e prestar contas da administração das riquezas do templo iniciou-se o sistema de contagem e a escrita cuneiforme. Como exemplo do poder dos deuses em Lagash, o campo era repartido nas posses de aproximadamente 20 divindades, uma destas, Baú, possui cerca de 3250 hectares, das quais três quartos atribuídos, um em lotes, as famílias singulares, um quarto cultivado por assalariados, por arrendatários (que pagam um sétimo ou um oitavo do produto) ou pelo trabalho gratuito dos outros camponeses. Em seu templo trabalham 21 padeiros auxiliados por 27 escravas, 25 cervejeiros com 6 escravos, 4 mulheres encarregadas do preparo da lã, fiandeiras, tecelãs, um ferreiro, alem dos funcionários, dos escribas e dos sacerdotes.
A concepção de uma vida além-túmulo era confusa. Acreditavam que os mortos iam para junto de Nergal, o deus que guardava um reino de onde não se poderia voltar.
Ur foi uma cidade da Mesopotâmia localizada a cerca de 160 km da grande Babilônia, junto ao rio Eufrates, habitada na Antiguidade pelos caldeus e que, de acordo com o livro de Génesis, foi a terra natal do patriarca dos hebreus Abraão, considerada também a maior cidade de sua época.
O maior representante de lideranças em Ur tinha o nome de Ur-Nammu, que ficou conhecido por ter criado o primeiro código de leis de que se tem notícias; seu código vigorou por 300 anos. Foi um rei enérgico, que construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumério.
Abraão nasceu na cidade de Ur, antiga Mesopotâmia, entre a Arábia e a Pérsia, aproximadamente 2.000 anos antes de Cristo. Foi o primeiro patriarca hebreu.
Abraão é citado no livro de Gênesis como a nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do patriarca Noé que tinha sobrevivido às águas dilúvio.
Abraão, já aos catorze anos de idade, quando ainda residia em Ur dos caldeus com sua família, teria começado a compreender que os homens da terra haviam se corrompido com a idolatria adorando as imagens de escultura. Então Abraão não aceitou mais adorar ídolos com o seu pai Tera e começou a orar a Deus, pedindo-lhe que conservasse a sua alma pura do erro dos filhos dos homens e também a de seus descendentes.
Viveu numa época, em que as pessoas eram selvagens e ignorantes. Seus contemporâneos adoravam muitos ídolos e acreditavam que estes faziam inclusive milagres. Sacrificavam pessoas aos ídolos, queimando-as vivas. Taré, pai de Abraão, foi um comerciante de ídolos e toda Sua família era idolatra (adorador de ídolos), considerando os ídolos como se fossem deuses. Abraão abertamente combateu e procurou destruir todos os ídolos que pôde: "Pôs-se em luta com Seu povo, com Sua tribo e até mesmo com Sua família", o que lhe atraiu a inimizade de todos. Furiosos contra Ele fizeram-lhe tremenda oposição, indignados que estavam contra os novos ensinamentos. Naquele tempo governava o rei Nimrod, que se opôs cruelmente a Abraão e decidiu destruir o novo movimento, ordenando que Abraão fosse queimado vivo. A missão de Abraão foi sumamente difícil, pois teve que convencer as pessoas mostrando a diferença entre o poder dos ídolos de barro e o poder do verdadeiro e único Deus.
Abraão casou-se com Sara, no ano 49 de sua vida. E, quando o patriarca estava com 60 anos, ocorreu a morte trágica de seu irmão Harã, o pai de Ló.
Terá, o pai de Abraão, após a morte de Harã, teria tomado sua família e organizado uma expedição para fixar-se em Canaã. Contudo, ao chegar numa localidade que veio a receber o mesmo nome do filho falecido, Terá permaneceu ali onde morreu com a idade de duzentos e cinco anos:(Gênesis 11:31-32).
Abrão recebeu uma promessa divina para deixar a sua terra e a de sua família. Tal chamado de Deus pode ter ocorrido quando Abraão já se encontrava com sua família em Harã.
No entanto, sabe-se que Harã, na Antigüidade, foi um importante ponto de passagem para as caravanas do Oriente Próximo. E talvez a prosperidade do local tenha motivado a fixação da família de Abrão neste local em que acredita-se que o clã deveria abastecer o povoado com seus rebanhos.
É provável que, em Harã, Abrão tenha recebido talvez um segundo chamado divino para deixar a terra de sua família e se estabelecer na terra que Deus lhe indicasse. Nesta passagem, logo no começo do capítulo 12 de Gênesis, Deus anuncia diretamente ao patriarca bíblico que ele se tornaria uma grande nação e não há nenhuma menção expressa de que a terra prometida seria Canaã, muito embora esta teria sido o destino que o seu pai teria buscado e veio a ser confirmado posteriormente.
Abrão, obedecendo as ordens de Deus, saiu com Ló de Harã, juntamente com sua esposa e seus bens, indo em direção a Canaã. O texto informa que Abrão já teria setenta e cinco anos de idade e dá a entender que já tivesse pessoas a seu serviço, embora nenhum filho.Depois dessa longa jornada de Harã até Canaã, o primeiro local onde Abraão esteve teria sido em Siquém, no carvalho de Moré, onde habitavam os cananeus. Ali Deus apareceu a Abraão e lhe confirmou a promessa de dar aquela terra à sua descendência.Tendo edificado um altar para Deus em Siquém, Abraão parte o Sul, fixando-se num lugar entre as cidades de Betel e Hai onde se estabelece com as suas tendas e constrói um novo altar.Depois, prossegue Abraão para o sul, não havendo informações na Bíblia onde seria esse terceiro local de sua passagem, mas apenas diz que havia fome naquela terra.(Gênesis 12, 4-10).
Houve fome na terra prometida que Abraão havia se estabelecido em Canaã e que, por causa disso, o patriarca e todo o seu acampamento retirou-se para o Egito. Ao chegar no país, Abraão temeu que viesse a ser morto por causa da beleza de sua mulher e por isso combinou com ela que dissesse aos egípcios que seria sua irmã, não esposa.Assim, o faraó veio a apaixonar-se por Sara e a levou para o seu palácio, passando a favorecer Abraão. Porém, Deus castigou o rei egípcio e este mandou chamar Abraão e lhe devolveu Sara, ordenando também que deixassem o país com os seus bens, algum tempo depois de Abrãao ter se estabelecido nas proximidades de Salém, houve uma seca nesta região, o que teria lhe obrigado, juntamente com o seu sobrinho, a caminharem pelo vale do Nilo, levantando novos acampamentos.Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho Lót, retornou do Egito para a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel. Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro. Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia feito para Deus e o invocou. Ali, no entanto, Abraão e Lót resolvem separar-se devido às contendas que havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam. (Gênesis 13, 1-4).
Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a opção de escolher planície que desejasse. Lót preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com o Jardim do Éden e com o Egito. Porém, Abraão preferiu permanecer em Canaã. Habitou Abraão na terra de Canaã, e Lót habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. (Gênesis 13, 5-12).
Lót tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Lót para a rica cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais. Após a separação de Lót, Deus apareceu novamente a Abraão confirmando dar aquela terra à sua descendência, ordenando-lhe que percorresse a região. Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom, onde edificou um novo altar a Deus. Houve uma guerra ocorrida envolvendo nove reinos. Os reinos de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Seboim e de Zoar pagaram tributos a Codorlaomor, rei do Elão, durante doze anos e haviam se rebelado. Assim, houve então uma guerra em que Codorlaomor e mais três reis aliados atacaram a Palestina, ferindo a vários povos e confrontando-se finalmente com os reis de Sodoma e Gomorra que foram vencidos numa batalha em Sidim. Com a derrota de Sodoma, Lót foi levado cativo com toda as suas riquezas. Sabendo disso, Abraão, com apenas trezentos e dezoito homens, lutou contra os inimigos e os perseguiu até as proximidades de Damasco, libertando Lót, sua família e o povo de Sodoma. Provavelmente os povos vizinhos de Salém reverenciavam e respeitavam o Rei sábio Melquisedeque, mas de certa forma temiam o grande líder militar Abraão. As suas batalhas e conquistas tornaram-se conhecidas em toda aquela região, fazendo de Abraão um líder muito respeitado.O rei de Sodoma, Bera, como recompensa pela libertação, chegou a oferecer os bens que foram saqueados por Codorlaomor, mas Abraão recusou-se.Melquisedeque partiu ao encontro de Abraão após a vitória em Sidim, já no seu triunfante regresso. A Bíblia diz que o rei de Salém trouxe pão e vinho para Abraão e lhe abençoou. Abraão, por sua vez lhe deu o dízimo de tudo que havia recobrado a Melquisedeque. (Gênesis 13; 14).
Após a batalha de Sidim, Abraão manteve-se fiel ao seu monarca e se tornou o dirigente militar de mais onze tribos vizinhas de onde todos pagavam tributos – o chamado dízimo. Abraão fracassou algumas tentativas de estabelecer alianças diplomáticas com o soberano de Sodoma. Porém, ao conseguir o resultado, houve uma aliança militar estratégica entre o Rei de Sodoma e outros povos de Hebrom. Abraão tinha mesmo intenção de formar um estado poderoso em toda a Canaã, o sábio rei de Salém convenceu Abraão a abandonar a sua tentativa de formar um reino material e se tornar aquilo que hoje o seu nome é significado – o Pai da Fé. Para persuadi-lo, utilizou a sua aliança, a promessa do seu reino, e tornou-o como sua própria descendência.
Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que depois retornaria para a terra prometida.(Gênesis 15).
Informações não bíblicas falam de uma aliança entre Melquisedeque e Abraão. Tal aliança seria um reconhecimento de Melquisedeque da soberania de Abraão e a cedência do seu trono a este líder e à sua descendência, uma vez que este rei não tinha descendentes para o substituir. Esta referência também é mencionada na Bíblia no capítulo 7 da epístola aos Hebreus, onde se refere à falta de descendência deste personagem sábio de Salém.

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